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Chat GPT na liderança, inimigo do Ifood e streamings caros

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MUNDO

Economia chinesa freia frente ao tarifaço

A segunda maior economia do mundo apresentou sinais claros de desaceleração em julho, reflexo de desafios internos e externos enfrentados pela China. Dados oficiais mostram que a produção industrial cresceu 5,7% em relação a julho de 2024, o pior resultado desde novembro e abaixo das expectativas. O fraco desempenho não se restringiu à indústria: o varejo avançou apenas 3,7% — a menor alta do ano —, os investimentos tiveram expansão de apenas 1,6% nos primeiros sete meses e a taxa de desemprego subiu para 5,2%, pressionada pela entrada de milhões de jovens no mercado.

O setor imobiliário, considerado o motor da economia chinesa, também sofre retração: os preços de novas residências caíram 2,8% em julho, comprometendo o consumo das famílias que concentram sua riqueza em imóveis. O governo chinês atribui parte dessa perda de dinamismo ao tarifaço imposto por Donald Trump, que vem minando a confiança dos investidores e reduzindo exportações. O impacto é tão significativo que, pela primeira vez em 20 anos, os empréstimos bancários registraram queda.

BRASIL

Supremo coloca bancos entre sanções americanas e punições no Brasil

O ministro do STF, Flávio Dino, determinou que nenhuma decisão judicial ou lei estrangeira tem efeito automático no Brasil sem aprovação da Suprema Corte, algo já previsto na Constituição.

A medida foi tomada no contexto de um processo em que municípios brasileiros acionaram a Justiça do Reino Unido contra a mineradora Samarco, mas tem sido interpretada como resposta às sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. Dino não citou diretamente Washington, mas afirmou que bancos e empresas no Brasil não podem cumprir determinações impostas por governos internacionais sem o aval do STF.

Na prática, porém, a decisão enfrenta limitações. Instituições financeiras com operações nos EUA devem obedecer às leis americanas para evitar multas pesadas e a perda de acesso ao sistema financeiro internacional. Assim, ficam em um impasse: se seguirem a Lei Magnitsky, podem ser punidas pelo STF; se a descumprirem, correm risco de sanções dos EUA. Fontes ligadas ao governo Trump classificaram a medida como um “blocking statute”, mecanismo já usado por países como China e Rússia, mas geralmente ineficaz diante da força do dólar. Poucas horas depois, o Departamento de Estado dos EUA chamou Moraes de “tóxico” e reforçou que sanções de Washington não podem ser anuladas por cortes estrangeiras.

CEARÁ

Aprovadas medidas para diminuir o impacto do tarifaço no Ceará

Na manhã da quarta-feira (06/08), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou um pacote de medidas emergenciais para reduzir os impactos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O projeto foi aprovado com três emendas e prevê ações como concessão de subvenções a exportadores, aquisição estratégica de alimentos afetados para programas sociais, compra de saldos credores de ICMS e incentivos pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará (FDI). O governo argumenta que as medidas visam fortalecer a economia cearense e mitigar os efeitos sociais e econômicos em um cenário internacional adverso.

O presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB), destacou a rapidez da iniciativa do governador Elmano de Freitas e a aprovação unânime pelos parlamentares, ressaltando que o pacote é fundamental para proteger empregos e a economia do Estado. Segundo ele, a medida demonstra o compromisso coletivo da Casa Legislativa em enfrentar os impactos do aumento tarifário, especialmente em setores estratégicos e de alto valor agregado. Na véspera, os deputados já haviam aprovado um manifesto em defesa da economia e do povo cearense, que contou com 31 votos favoráveis.

TECNOLOGIA

Implante cerebral para ler seus pensamentos

Pesquisadores de Stanford e do MIT desenvolveram um implante cerebral capaz de decodificar a “voz interior” de pessoas que perderam a fala. O dispositivo, chamado de interface cérebro-computador (BCI), traduz sinais cerebrais em texto ou áudio, mas só após o usuário pensar em uma palavra-chave de desbloqueio. Com inteligência artificial treinada para reconhecer até 125 mil palavras, o sistema alcançou 74% de precisão ao decodificar frases imaginadas, oferecendo uma nova forma de comunicação a pessoas com paralisia.

Para garantir privacidade, a tecnologia funciona com uma espécie de senha mental — nos testes, “Chitty Chitty Bang Bang” — que apresentou 98% de assertividade no desbloqueio. O mercado de BCIs já movimenta milhões e atrai empresas como Neuralink, Merge Labs e Synchron, mas a inovação de Stanford e MIT se diferencia por dar voz ao pensamento, em vez de apenas controlar dispositivos. Se comercializada, pode revolucionar tanto a comunicação de pessoas sem fala quanto a forma como lidamos com o silêncio.

ECONOMIA

Tarifas geram férias coletivas e demissões nas madeireiras

As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras desde o início de agosto já impactam diretamente os trabalhadores do setor de madeira processada. O segmento não foi incluído na lista de 694 produtos isentos do aumento e vem sofrendo efeitos desde abril, quando uma taxa inicial de 10% começou a valer.

Segundo Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), muitas empresas passaram a adotar medidas para reduzir custos e ajustar a mão de obra, como a concessão de férias coletivas. A Millpar, segunda maior companhia do setor no Brasil e terceira da América Latina, chegou a suspender totalmente sua produção em julho, colocando 720 de seus 1,1 mil funcionários em férias por tempo indeterminado. Pupo alerta que, com o fim desses períodos, se o cenário não mudar, cortes de pessoal podem se tornar inevitáveis para equilibrar as contas das empresas.

EXTRA

Turismo médico brasileiro

O Brasil vem se consolidando como destino de “turismo médico”, atraindo estrangeiros não apenas pelas praias, mas também pelos procedimentos de saúde e estética. Com o real desvalorizado, o setor cresce entre 15% e 25% ao ano e pode movimentar US$ 13 bilhões até 2030. São Paulo é o principal polo, concentrando 12% dos turistas de saúde e mais de um terço das cirurgias plásticas realizadas no país.

O diferencial vai além do preço, que chega a ser até 70% mais baixo que em países como EUA, Canadá e Reino Unido. A qualidade técnica, o cuidado humanizado e a reputação internacional dos profissionais brasileiros são fatores decisivos. O Brasil lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas, com mais de 2 milhões de procedimentos em 2024, e recebe cerca de 140 mil pacientes estrangeiros por ano, interessados em lipoaspiração HD, rinoplastia e harmonização facial.

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