Chat GPT na liderança, inimigo do Ifood e streamings caros

MUNDO

Agência da ONU prevê alta para América Latina e Caribe em 2025

A Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta um crescimento regional de 2,2% em 2025, acima dos 2,0% previstos anteriormente, mas ainda em um cenário frágil e de incerteza global.

O desempenho limitado é atribuído à demanda internacional fraca, baixo investimento, consumo lento e persistentes desigualdades internas. O relatório também destaca que tensões geopolíticas, protecionismo crescente e possíveis rupturas nas cadeias de suprimento seguem como riscos relevantes, agravados pela falta de sincronia na política monetária das principais economias.

Apesar dos desafios, a Cepal aponta fatores positivos, como a estabilização da inflação regional em torno de 3%, expectativa de manutenção desse patamar até 2026 e desemprego estável em 5,6%, mesmo com desaceleração na criação de empregos. A projeção de crescimento foi elevada para países como Brasil (de 2,0% para 2,3%), Chile, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, enquanto o México mantém previsão de 0,3%. Para 2026, a expectativa é de expansão regional levemente maior, de 2,3%.

BRASIL

Brasil precisa diversificar suas relações para além da China

Diante da crise comercial com os Estados Unidos, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, afirmou que o Brasil deve ampliar sua presença na Ásia para além da China.

Em entrevista ao Mercado Aberto, do Canal UOL, ele destacou que, embora o relacionamento com os chineses vá crescer naturalmente, é estratégico diversificar as exportações para outros países asiáticos. A região, segundo ele, é a que mais apresenta crescimento no cenário global, o que reforça seu potencial como destino comercial.

Barros ressaltou que a atual instabilidade econômica prejudica as relações com os EUA, tornando ainda mais importante a busca por novos parceiros. O economista mencionou que o Brasil já está avançando nesse sentido, abrindo mercados em outros países asiáticos e intensificando esforços para ampliar as vendas na região, fortalecendo sua posição no comércio internacional.

CEARÁ

Por que o Ceará pode ser o estado mais afetado pelo tarifaço?

Cinco dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, cerca de 20 contêineres ficaram retidos no Porto do Pecém, no Ceará, mesmo antes da taxação entrar em vigor em 1º de agosto.

A medida preocupa exportadores, já que os EUA são o principal parceiro comercial do estado, que vende sobretudo aço, pescados, sucos, castanha e pás eólicas. Em 2024, 44,9% das exportações cearenses foram para o mercado americano, percentual que subiu para 51% no primeiro semestre de 2025.

A aplicação da tarifa encareceria significativamente os produtos, reduzindo sua competitividade e podendo levar importadores a buscar outros fornecedores. Essa perspectiva já mobiliza produtores, empresas e o governo estadual a pressionarem por uma solução diplomática que evite perdas no setor e risco de desemprego.

A dependência do Ceará em relação ao mercado americano torna o estado especialmente vulnerável, mesmo ocupando apenas a 12ª posição entre os maiores exportadores brasileiros para os EUA.

TECNOLOGIA

Open AI mantém liderança de mercado em nova rodada de crescimento

A OpenAI arrecadou US$ 8,3 bilhões em sua mais recente rodada de investimentos, elevando sua avaliação para cerca de US$ 300 bilhões.

Entre os principais aportadores estão Blackstone e TPG, enquanto alguns investidores antigos mostraram cautela diante da redução de suas participações. A empresa segue em expansão agressiva, mirando novas captações que reforcem seu posicionamento no mercado de inteligência artificial.

O objetivo da companhia é alcançar US$ 40 bilhões em investimentos até 2025 e elevar a receita anual para aproximadamente US$ 20 bilhões. Com esse crescimento, a expectativa é que o ChatGPT mantenha sua liderança no setor e continue influenciando amplamente o mercado e o uso da IA em diversas áreas.

ECONOMIA

99Food chega em São Paulo

O 99Food iniciou suas operações em São Paulo nesta terça-feira (12), destinando R$ 500 milhões do total de R$ 1 bilhão previstos para sua retomada no mercado brasileiro de delivery.

A plataforma já conta com 20 mil restaurantes cadastrados na capital e região metropolitana, e busca competir em um setor dominado por uma única empresa. Para atrair parceiros e clientes, a 99 adotará um modelo sem cobrança de comissão dos restaurantes, permitindo que os preços no aplicativo sejam iguais aos praticados no balcão.

Segundo o diretor geral da 99, Simeng Wang, o retorno ao segmento foi precedido por uma análise do mercado, identificando insatisfação de restaurantes com as altas comissões e reclamações de consumidores sobre preços elevados. Além disso, entregadores parceiros terão incentivos para atuar em todas as frentes de entrega da 99, incluindo agora o transporte de refeições, fortalecendo a proposta de diversificação e competitividade no setor.

EXTRA

Os streamings estão saindo caro para os brasileiros

O aumento do consumo de séries, filmes, games, música e serviços ligados à inteligência artificial elevou em 24% as remessas do Brasil para pagar plataformas estrangeiras no 1º semestre, somando US$ 9,94 bilhões.

Segundo a PwC, os brasileiros devem gastar US$ 39,4 bilhões em serviços digitais em 2025, consolidando o país como o 11º maior mercado do setor e responsável por 36% da receita das empresas na América Latina. O volume de assinaturas também cresce: em 2024, 32,7 milhões de lares tinham ao menos um streaming, movimentando cerca de R$ 70 bilhões anuais.

Apesar do potencial de consumo, esse movimento pressiona as contas externas, já que o déficit em serviços digitais se amplia e o investimento estrangeiro direto perde força diante das incertezas internas e da política econômica de Donald Trump. O impacto no câmbio é significativo: o déficit em transações correntes saltou de 1,1% do PIB em maio de 2024 para 3,4% em junho de 2025, evidenciando o peso das importações de serviços digitais sobre a economia brasileira.

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