Brasileiros estão comendo menos, leilão do Zuckerberg e bienal do livro

MUNDO

Turismo nos EUA tem maior queda desde a pandemia, as quedas projetadas somam US$ 90 bi

O número de turistas despencou em março. Em meio as atuais tensões políticas, medidas mais rígidas na fronteira e boicotes a produtos americanos.

Dados da Administração de Comércio Internacional (ITA) mostram que as chegadas aéreas de estrangeiras caíram em 10% em relação a março de 2024. A maior retração desde março de 2021, quando o turismo recuava por conta do baque da segunda onda da pandemia.

A expectativa é que a redução no turismo e os boicotes resultem em um impacto de até 0,3% no Produto Interno Bruto dos Estados Unidos em 2025, representando uma perda de aproximadamente US$ 90 bilhões, conforme aponta um relatório do Goldman Sachs.

O turismo internacional, responsável por gerar US$ 254 bilhões em receitas em 2024 e por contribuir com 2,5% do PIB dos Estados Unidos, é visto como um dos principais motores da recuperação econômica após a pandemia. No entanto, dados recentes indicam uma possível mudança nesse cenário.

BRASIL

Inflação faz os brasileiros comprarem menos comida

Com o aumento dos preços, 58% dos brasileiros reduziram a compra de alimentos nos últimos meses, de acordo com levantamento do Datafolha.

O impacto é ainda maior entre os que ganham até dois salários mínimos, grupo em que 67% relataram ter cortado gastos com comida. No geral, oito em cada dez pessoas entrevistadas disseram ter mudado algum hábito por causa da inflação, e um em cada quatro afirmou que a quantidade de comida em casa está abaixo do necessário.

Além disso, a pesquisa revela que, para conter gastos, metade da população declarou ter diminuído o consumo de itens básicos como água, energia elétrica e gás.

CEARÁ

Economia cearense inicia 2025 a frente da média nacional

A economia do Ceará apresentou um crescimento de 2,4% em janeiro, em comparação com o mês anterior, superando a média nacional de 0,9%, conforme dados do Índice de Atividade Econômica Regional do Nordeste (IBCR-NE), divulgado pelo Banco Central.

Esse avanço foi impulsionado, principalmente, pela retomada da indústria de transformação, que registrou um aumento de 7,9% na produção durante o período.

O setor de comércio varejista também contribuiu positivamente, com crescimento de 1,7%. Esse desempenho foi puxado, em especial, por um salto de 8,1% nas vendas de veículos, peças e motocicletas, além de uma alta de 15% no volume comercializado de materiais de construção.

De acordo com Rogério Sobreira, economista-chefe do Banco do Nordeste (BNB), a ampliação da oferta de crédito tem sido um fator determinante para o fortalecimento da economia local, mantendo o consumo mesmo diante de taxas de juros elevadas. Em janeiro, o BNB destinou R$ 190 milhões em financiamentos para a indústria cearense, número que representa um crescimento de mais de 1.330% em relação ao mesmo mês de 2024.

No acumulado de 12 meses até janeiro de 2025, a economia nordestina cresceu 3,9%, levemente acima da média nacional, que ficou em 3,8%.

TECNOLOGIA

Zuckerberg pode ser obrigado a vender Instagram e Whatsapp

Um julgamento considerado histórico contra a gigante das redes sociais Meta começa nesta segunda-feira (14/04) nos Estados Unidos.

A Comissão Federal de Comércio (FTC) — responsável por zelar pela concorrência e proteger os consumidores no país — acusa a Meta de ter adquirido o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014 com o objetivo de eliminar concorrentes e consolidar um monopólio.

Embora essas aquisições tenham sido aprovadas pela própria FTC na época, o órgão afirmou que continuaria monitorando seus efeitos. Caso a comissão vença o processo, a Meta poderá ser obrigada a se desfazer tanto do Instagram quanto do WhatsApp, uma decisão que teria impacto direto sobre o CEO Mark Zuckerberg.

A Meta, por sua vez, já declarou estar confiante de que sairá vitoriosa na Justiça americana. Especialistas ouvidos pela BBC acreditam que a empresa argumentará que a experiência dos usuários do Instagram melhorou após a aquisição. Além disso, a defesa da Meta deverá sustentar que possíveis intenções de Zuckerberg no passado não são pertinentes em um processo antitruste.

ECONOMIA

Entenda a guerra comercial atual e suas consequências

Em 2 de abril de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas tarifas comerciais contra mais de 180 países, ampliando a guerra comercial com a China e atingindo também nações como o Brasil.

Nos dias seguintes ao anúncio, diversas bolsas ao redor do mundo despencaram. Segundo especialistas, os principais efeitos esperados do tarifaço são o aumento da inflação americana de curto prazo e a desaceleração da atividade econômica.

A medida provocou forte reação nos mercados globais, com bolsas de valores despencando, incluindo um circuit breaker na bolsa do Japão. Especialistas apontam que o tarifaço pode causar aumento da inflação nos EUA no curto prazo e desacelerar a atividade econômica.

Diversos países prometeram retaliar, suspendendo investimentos nos EUA e anunciando medidas equivalentes. Economistas alertam que os altos custos de importação podem reduzir o consumo e afetar os lucros das empresas americanas, enfraquecendo ainda mais a economia.

EXTRA

Bienal do Livro do Ceará 2025

Bienal Internacional do Livro do Ceará vem se consolidando como um grande sucesso de público e crítica. A programação continua até domingo, dia 13, reunindo leitores, escritores e editoras em uma verdadeira festa dedicada à literatura.

Nesta 15ª edição, o tema central é “Das fogueiras ao fogo das palavras — Mulheres, resistência e literatura”, destacando o protagonismo feminino nas expressões artísticas e literárias. A curadoria é assinada por quatro nomes de peso: Sarah Diva Ipiranga, Amara Moira, nina rizzi e Trudruá Dorrico.

Com entrada gratuita, o evento ocorre de 4 a 13 de abril, no Centro de Eventos do Ceará, e oferece uma programação diversificada que inclui palestras, shows e a tradicional feira do livro.

A Bienal é uma realização do Ministério da Cultura (MinC) e do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), com apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

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