Brasileiros analfabetos, conta de energia mais baixa e Hollywood morrendo

MUNDO

Tarifas em Hollywood

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que imporá tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior, aumentando as tensões comerciais com diversos países.

Em uma publicação no Truth Social, Trump declarou ter autorizado o Departamento de Comércio e o Representante Comercial dos EUA a iniciarem o processo de aplicação das tarifas, alegando que a indústria cinematográfica americana está "morrendo muito rapidamente".

Segundo ele, a pandemia causou uma paralisação nas produções, cujos efeitos ainda são sentidos.

No segundo trimestre de 2024, os estúdios de Hollywood investiram US$ 11,3 bilhões (R$ 64 bilhões) em produções, uma queda de 20% em comparação ao mesmo período de 2022, refletindo os esforços de contenção de gastos após as perdas provocadas pela covid-19.

Essas tentativas de recuperação foram fortemente impactadas pelas greves de atores e roteiristas em 2023.

BRASIL

Nova reforma no setor elétrico para trazer liberdade e conta menor

Com a proposta de reforma do setor elétrico apresentada neste mês, os consumidores passarão a ter a liberdade de escolher o fornecedor de energia que melhor atenda às suas necessidades.

Essa mudança deverá resultar na redução das tarifas de energia elétrica e na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos, hoje prestados por concessionárias que operam praticamente sem concorrência em suas áreas de atuação.

O novo modelo funcionará de forma semelhante ao que já ocorre no setor de telefonia, no qual os usuários escolhem livremente entre diferentes operadoras, baseando-se em preços e pacotes de serviços.

A medida trará benefícios especialmente para residências urbanas e rurais, pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos, que até agora não tinham acesso ao chamado mercado livre de energia, ou Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Hoje, o ACL é restrito a grandes consumidores, como indústrias e empresas de grande porte. A proposta de reforma busca justamente ampliar o direito de escolha para todos, promovendo uma abertura total do mercado a partir de março de 2028.

Com isso, mais de 90 milhões de lares e estabelecimentos comerciais poderão optar por seus fornecedores, rompendo com o modelo monopolista vigente e colocando o consumidor no centro do sistema elétrico nacional.

EDUCAÇÃO

Um terço da população brasileira é analfabeta funcional –  qual o novo plano de educação do governo?

Atualmente, 29% da população brasileira entre 15 e 64 anos vive em situação de analfabetismo funcional. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), essas pessoas têm dificuldades para compreender frases simples ou interpretar informações básicas, como preços e números de telefone.

A pesquisa revela um agravamento do analfabetismo funcional entre jovens após a pandemia, além de sua incidência entre trabalhadores e até mesmo entre pessoas com ensino superior. O levantamento também evidencia profundas desigualdades entre grupos sociais e raciais.

Os responsáveis pelo estudo classificam a limitação no domínio da leitura e da escrita como “muito grave” e destacam que o enfrentamento desse problema requer políticas públicas estruturadas, voltadas à melhoria da educação e à redução das desigualdades sociais.

Quase dez meses após o envio do novo Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Governo Lula ao Congresso Nacional, a proposta começou a avançar na Câmara dos Deputados.

A deputada federal Tabata Amaral, que assumiu a presidência do colegiado, apresentou diretrizes para os trabalhos e destacou pontos considerados “inegociáveis” no novo PNE.

O novo plano propõe 18 objetivos, 58 metas e 253 estratégias, que abrangem desde a educação infantil até o ensino superior. Entre os temas abordados estão a valorização dos profissionais da educação, melhorias na infraestrutura, gestão democrática e financiamento do setor. O plano atual, em vigor até dezembro de 2025, conta com 20 metas e 258 estratégias.

Como o PNE é uma lei federal que estabelece as diretrizes da educação para os próximos dez anos, a expectativa é que o novo texto, se aprovado sem atrasos, tenha validade entre 2025 e 2035. Parte das metas anteriores não foi cumprida, e, por isso, algumas foram mantidas na nova proposta, que também traz avanços, como a ampliação do acesso a creches e a consolidação da educação em tempo integral.

TECNOLOGIA

Rappi investe R$ 1,4 bilhão em sua operação no Brasil

O aplicativo de entregas Rappi anunciou nesta segunda-feira (5) um plano de investimento de R$ 1,4 bilhão em sua operação no Brasil até 2028. Desse total, 40% — aproximadamente R$ 560 milhões — serão destinados à área de restaurantes, com destaque para a isenção das tarifas de intermediação cobradas de todos os estabelecimentos parceiros, atuais e futuros, até 31 de julho.

A meta da empresa é dobrar o número de restaurantes cadastrados, passando dos atuais 30 mil para 60 mil ainda em 2025.

Embora os restaurantes representem apenas 20% do volume total de negócios do Rappi, eles são a principal porta de entrada para novos usuários: 80% deles chegam organicamente por meio dessa categoria. A expectativa da empresa é que a isenção de tarifas incentive novos pedidos no app e aumente o faturamento dos restaurantes parceiros, sem afetar negativamente suas margens de lucro.

Segundo dados da plataforma de pesquisa alemã Statista, o mercado de delivery de comida no Brasil deve atingir uma receita de US$ 21,18 bilhões em 2025, com uma taxa de crescimento anual de 7,05%.

Informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontam que 78% dos restaurantes adotam serviços de delivery.

ECONOMIA

Empresas alertam para impacto negativo das tarifas nos negócios

A nova política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começa a impactar empresas americanas e gera preocupação entre empresários quanto às perspectivas econômicas futuras.

Com muitas incertezas em torno dos efeitos do tarifaço sobre a economia e o consumo interno, grandes companhias como McDonald's, General Motors (GM), Samsung e UPS alertaram seus investidores sobre a possibilidade de resultados mais fracos ao longo deste ano.

O cenário de cautela acompanha análises de economistas que apontam que as medidas protecionistas podem elevar os preços ao consumidor, pressionando ainda mais a inflação nos EUA. Esse movimento, por sua vez, pode levar o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, a retomar a alta de juros.

Nesta quinta-feira (1º), por exemplo, o McDonald’s divulgou uma queda inesperada em suas vendas globais no primeiro trimestre, atribuída à menor demanda em seus restaurantes nos Estados Unidos e na Europa, reflexo das incertezas provocadas pela nova política tarifária.

O desempenho negativo da rede reforça alertas já feitos por outras empresas do setor de alimentação, como Domino’s Pizza, Chipotle Mexican Grill e Starbucks, que vêm registrando queda no consumo fora de casa. Segundo elas, a inflação e o ambiente econômico incerto estão minando a confiança dos consumidores americanos.

EXTRA

Warren Buffett se aposenta aos 94 anos

O megainvestidor Warren Buffett, de 94 anos, anunciou neste sábado (3) que deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway até o fim deste ano. Ele informou que pretende recomendar ao conselho de administração o nome de Greg Abel, atual vice-presidente da companhia, como seu sucessor.

A decisão marca o fim de uma trajetória extraordinária de seis décadas, durante as quais Buffett transformou a Berkshire Hathaway de uma falida fabricante têxtil em um dos maiores conglomerados empresariais dos Estados Unidos, com presença em diversos setores da economia.

Atualmente, Buffett ocupa o 6º lugar no ranking de bilionários da Forbes, divulgado no início de abril, com uma fortuna estimada em US$ 154 bilhões (equivalente a R$ 868,5 bilhões).

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