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Lady Gaga, Shein taxada e investidores chineses
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MUNDO
Investidores chineses voltam a ter interesse no Brasil

Após um período de menor apetite por ativos brasileiros, os investidores chineses voltaram a marcar presença nas operações de fusões e aquisições no país. De acordo com banqueiros de investimento, o foco chinês ainda se concentra principalmente nos setores de infraestrutura — como logística, energia e mineração —, mas começa a se expandir também para áreas ligadas à tecnologia, especialmente infraestrutura de dados.
Especialistas acreditam que, nesta nova fase de investimentos, a China deve intensificar sua atuação no Brasil em projetos voltados à infraestrutura de dados, como data centers. Esse movimento acompanha a corrida global por capacidade tecnológica, impulsionada pela crescente demanda por serviços ligados à inteligência artificial. O Brasil tem se destacado nesse cenário por oferecer disponibilidade de território e energia limpa — fatores que já atraem atenção internacional. Outro ponto de interesse crescente é o setor de minerais críticos e ativos de energia renovável, alinhado à agenda da transição energética.
No mercado, há uma percepção de que a recente escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China tende a aumentar o interesse chinês pelo Brasil, segundo fontes do setor financeiro.
“O envolvimento dos chineses nos processos tem sido evidente”
Segundo ele, a indústria de M&A no Brasil tem registrado em 2025 uma maior participação de investidores estrangeiros, e o retorno da China a mercados alternativos reflete, em parte, as limitações impostas nos últimos anos pela relação com os EUA. “A América Latina voltou ao radar como uma alternativa relevante”, observa o executivo.
BRASIL
Hapag-Lloyd e o ônus e o bônus do porto de Santos

A empresa alemã de navegação Hapag-Lloyd está avaliando a possibilidade de participar do leilão do novo terminal de contêineres no Porto de Santos, conhecido como Tecon 10. Embora ainda seja cedo para medir os impactos de longo prazo da guerra tarifária global, o presidente mundial da companhia, Rolf Habben Jansen, acredita que o Brasil está bem posicionado em meio às atuais incertezas no cenário internacional.
“O mercado brasileiro deve crescer nos próximos dez a vinte anos. O poder de compra da população tende a aumentar, e o comércio de commodities também deve se expandir”
Segundo ele, a empresa estuda com atenção a licitação do novo terminal, prevista para ocorrer no final do ano, embora destaque que outras companhias também estão de olho no ativo. Questionado sobre possíveis investimentos em outros terminais no Brasil, o executivo foi direto: o Tecon 10 é hoje a principal oportunidade sob análise.
“É animador ver um projeto como o STS 10 sair do papel. A capacidade atual de movimentação de contêineres no país é limitada”
Para Jansen, o grande desafio da logística brasileira está na infraestrutura — não apenas nos portos, mas também nas ligações rodoviárias e ferroviárias que dão suporte à operação.
CEARÁ
Empresas de energia renovável no Ceará têm prejuízo de R$ 262 milhões

Nos últimos anos, as geradoras de energia renovável no Brasil têm enfrentado um grave problema: os chamados cortes de geração, ou curtailment. Com a infraestrutura de transmissão elétrica sobrecarregada, muitas usinas são forçadas a suspender temporariamente sua produção.
No Ceará, esse cenário tem causado prejuízos significativos. As usinas de energia solar e eólica no estado já acumulam perdas de R$ 262 milhões, conforme dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). Esse valor inclui o prejuízo total das eólicas desde o início dos cortes e o das solares apenas no último ano.
Desde outubro de 2021, o Ceará é o segundo estado mais afetado pelas interrupções, atrás apenas de Minas Gerais. A situação das usinas em operação é preocupante, especialmente devido à ausência de compensação financeira pelos cortes, alerta Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.
De acordo com Sauaia, até abril deste ano, apenas 2,5% dos prejuízos das usinas solares foram ressarcidos.
“Estamos buscando uma solução tanto por meio de diálogo com o Ministério de Minas e Energia e a agência reguladora, quanto pelo caminho judicial — o tema já está na Justiça”
Para o professor Kleber Lima, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC), o cenário atual tem desestimulado novos investimentos em usinas renováveis, especialmente no Nordeste, onde o problema é mais acentuado.
TECNOLOGIA
A moda é investir em publicidade digital

O investimento em campanhas de publicidade online atingiu R$ 37,9 bilhões em 2024, representando um crescimento nominal de 8% em comparação a 2023, quando o volume foi de R$ 35 bilhões.
Em termos nominais, a expansão anual dos investimentos em publicidade digital manteve-se estável, repetindo o crescimento de 8% registrado em 2023. Considerando a inflação de 4,6% naquele ano, o crescimento real dos investimentos em 2023 foi de 3,4% em relação a 2022.
Segundo Denise Porto Hruby, CEO do IAB Brasil, os resultados de 2024 indicam que “o setor acompanha de perto o desempenho da economia e reflete uma recuperação econômica”. Hruby também destacou a distribuição mais equilibrada dos investimentos ao longo de 2024 como um fator positivo.
“O mercado compreendeu que investir apenas na Black Friday não é suficiente. É fundamental manter uma presença contínua das marcas junto ao consumidor”
Em 2024, os segmentos que mais investiram em publicidade digital no Brasil foram: comércio (19,8%), serviços ao consumidor (11%), eletrônicos e informática (6,8%), financeiro e securitário (6,7%) e educação (5,2%).
ECONOMIA
Taxaram as “brusinhas”, e a Shein aumenta seus preços em até 377%

A Shein elevou em até 377% os preços de seus produtos vendidos nos Estados Unidos, segundo informações da Bloomberg News. A medida antecipa os impactos da nova guerra comercial iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e atinge diversos itens da plataforma, desde vestidos até utensílios de cozinha.
No início de abril, Trump assinou uma ordem executiva que encerrou a isenção fiscal para produtos de empresas chinesas, como Shein e Temu — em linha com a iniciativa do governo brasileiro que instituiu um imposto de importação de 20% para compras internacionais de até US$ 50, conhecida como "taxa das blusinhas". Além disso, a medida norte-americana triplicou a tarifa sobre importações. As novas regras entram em vigor em 2 de maio.
Com o agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, consumidores americanos passaram a antecipar suas compras em plataformas, na tentativa de escapar dos aumentos de preços decorrentes da imposição das novas tarifas.
EXTRA
Show da Lady Gaga se torna vitrine para patrocinadores

Com expectativa de reunir cerca de 1,6 milhão de pessoas e gerar R$ 600 milhões em movimentação econômica, o show gratuito de Lady Gaga na Praia de Copacabana, marcado para o próximo sábado (3), também se destaca como uma grande vitrine para marcas.
O impacto econômico previsto é aproximadamente 27,5% superior ao registrado no show de Madonna no ano passado, evidenciando não apenas o potencial turístico e cultural do evento, mas também a oportunidade para mais de seis patrocinadores fortalecerem sua conexão com o público.
A principal patrocinadora é a Corona, marca de cervejas da Ambev. O evento de Lady Gaga também marca o lançamento da campanha global de 100 anos da marca, reforçando a presença da Corona no Brasil, atualmente seu segundo maior mercado, atrás apenas do México.
O show de Gaga busca repetir o sucesso da apresentação de Madonna, que no ano passado se consolidou como um marco tanto para o público quanto para o mercado publicitário.
RECADO DA LIBERDATA
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