Acordo com Argentina, comprar pelo Whatsapp e Brasil fora do orçamento

MUNDO

Brasil e Argentina têm novo acordo automotivo e zeram tarifa de importação de autopeças

Um decreto publicado nesta terça-feira (17) amplia o acordo automotivo entre Brasil e Argentina, trazendo maior flexibilidade nas regras de acesso ao mercado para ônibus, vans e caminhões com peso de até 5 toneladas. A nova medida também elimina a cobrança de tarifas de importação sobre autopeças que não são fabricadas no Brasil.

Segundo o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, “essa medida aperfeiçoa o acordo entre os dois países, estimula o comércio bilateral, reduz custos e fortalece a competitividade da indústria automotiva nacional”.

Alckmin também destacou que o Brasil ocupa atualmente a 8ª posição no ranking global de produção de veículos, com mais de 1 milhão de empregos gerados direta e indiretamente.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os produtos automotivos lideram as trocas comerciais entre Brasil e Argentina. Em 2024, o comércio bilateral desses itens somou US$ 13,7 bilhões — metade dos US$ 27,4 bilhões movimentados entre os dois países no total.

BRASIL

Brasil não está cumprindo o orçamento

Entre 2023 e 2025, o governo federal acumulou mais de R$ 300 bilhões em despesas realizadas fora da meta fiscal — ou seja, gastos que ultrapassam os limites estabelecidos pelas regras fiscais, mas que são legalmente autorizados.

O maior montante foi registrado em 2023, influenciado principalmente por dois fatores:

• A aprovação da PEC da Transição, que permitiu a liberação de R$ 145 bilhões para financiar programas sociais como o Bolsa Família, Farmácia Popular e Auxílio Gás.

• O pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios, que são dívidas judiciais acumuladas em anos anteriores.

Em 2024, esse valor caiu para R$ 33,8 bilhões. No entanto, a projeção para 2025 indica um novo aumento, chegando a R$ 49,3 bilhões — dos quais R$ 45,3 bilhões serão destinados ao pagamento de precatórios.

Outro ponto relevante é que o governo solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os pagamentos a aposentados lesados por fraudes no INSS — que podem somar até R$ 4 bilhões — também fiquem fora do cálculo da meta fiscal.

Embora essas despesas estejam dentro da legalidade, elas elevam a pressão sobre o orçamento público e dificultam o cumprimento da meta de déficit fiscal zero, que o governo se comprometeu a atingir.

CEARÁ

Data Center de Caucaia tem novas previsões

Um projeto de grande porte deve impulsionar a economia cearense nos próximos anos.

Trata-se da implantação de um novo data center — uma estrutura de armazenamento e processamento massivo de dados — em uma área do Porto do Pecém, localizada no município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. A iniciativa promete gerar milhares de postos de trabalho, mas também levanta questionamentos sobre sua operação, o local escolhido, a utilização de água para manter os sistemas funcionando continuamente e os possíveis impactos ambientais da obra.

O empreendimento, batizado de Data Center Pecém, é liderado pela empresa Casa dos Ventos, reconhecida nacionalmente por sua atuação em energia renovável e projetos voltados à transição energética. O fundador da empresa é o cearense Mário Araripe, um dos empresários mais ricos do país.

Embora o projeto conte com incentivos econômicos, a instalação de data centers ao redor do mundo tem enfrentado críticas de grupos ambientalistas. Isso porque essas estruturas exigem sistemas robustos de resfriamento, que muitas vezes consomem grandes volumes de água, gerando preocupação quanto à sustentabilidade e ao uso racional dos recursos naturais.

TECNOLOGIA

O Whatsapp agora é seu novo vendedor

Mais de dez anos após ter desembolsado US$ 19 bilhões pela compra do WhatsApp, a Meta está, finalmente, abrindo o aplicativo para o mercado publicitário. O app de mensagens mais popular do planeta — com 3 bilhões de usuários — começou a exibir anúncios na aba “Atualizações”, onde ficam os Status e os Canais.

Agora, empresas poderão pagar para promover seus canais, enquanto criadores de conteúdo terão a possibilidade de oferecer assinaturas pagas com conteúdo exclusivo. A segmentação das campanhas considerará informações como localização, idioma e os canais seguidos pelo usuário.

Essa movimentação faz parte de um plano maior. Recentemente, o WhatsApp passou a funcionar como carteira digital, recebeu recursos com inteligência artificial e, agora, estreia no universo da publicidade.

Apesar de sua gigantesca base de usuários, o WhatsApp historicamente tem gerado receitas modestas quando comparado a outras plataformas da Meta. Em 2023, por exemplo, o aplicativo faturou US$ 1,8 bilhão — enquanto o Facebook arrecadou 91 vezes mais no mesmo período.

Ainda assim, Mark Zuckerberg já afirmou que vê os serviços de mensagens como o “próximo grande motor” de crescimento da empresa. Aos poucos, o WhatsApp deixa de ser apenas um app de bate-papo para se tornar um ecossistema completo — que vai das conversas às transações comerciais.

ECONOMIA

O PIB do agronegócio cresce no primeiro trimestre e já é quase 30% da nossa economia

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro registrou um crescimento de 6,49% no primeiro trimestre de 2025. O resultado confirma a tendência de recuperação iniciada no final de 2024.

A agricultura avançou 5,59%, enquanto a pecuária apresentou um crescimento ainda maior, de 8,50%. Todos os segmentos da cadeia produtiva tiveram desempenho positivo: insumos cresceram 4,45%, o setor primário subiu 10%, a agroindústria aumentou 3,18% e os serviços ligados ao agro (agrosserviços) avançaram 6,27%.

O destaque ficou com o setor primário, que registrou alta de 10%. Na agricultura, o crescimento foi de 10,78%, puxado pela valorização dos preços e pela expectativa de safra maior para produtos como café, milho, soja e trigo. No caso da pecuária, o setor primário cresceu 8,58%, impulsionado pela alta na produção e nos preços de bovinos de corte, leite, suínos e ovos.

A participação do agronegócio no PIB nacional deve chegar a 29,4% este ano, superando os 23,5% registrados em 2024, de acordo com as estimativas da CNA e do Cepea.

EXTRA

Para onde o dinheiro dos bilionários está indo?

Com os resultados decepcionantes do private equity — marcado por retornos abaixo do esperado e prazos mais longos — os super-ricos estão migrando para o crédito privado. Segundo pesquisa da BlackRock com 175 family offices, mais da metade está otimista com esse tipo de investimento, e um terço pretende aumentar os aportes ainda em 2025. O crédito privado consiste em emprestar diretamente para empresas fora do sistema bancário, oferecendo juros mais altos e pagamentos mais estáveis.

Atualmente, investimentos alternativos já ocupam 42% das carteiras desses investidores, e o crédito privado representa até 30% em alguns casos. Embora o private equity continue presente, ele vive um momento de maior cautela, com 70% dos entrevistados demonstrando pessimismo ou neutralidade em relação ao setor.

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