25 de março, força tarefa contra tarifaço e robôs ubers

MUNDO

“Força tarefa” para tarifaço

O governo federal realiza, nesta segunda-feira (21), uma reunião com empresas norte-americanas do setor de tecnologia para discutir a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos importados do Brasil.

O encontro faz parte das ações do comitê interministerial criado pelo governo brasileiro com o objetivo de definir a resposta à medida tarifária.

A reunião ocorre enquanto o Planalto intensifica articulações para enfrentar as pressões comerciais. Na semana passada, o setor agropecuário dos EUA comemorou as tarifas e passou a defender até a proibição da carne brasileira no país. Já o Banco Central avalia que o impacto imediato das taxas é limitado, mas teme um agravamento da situação. Participam executivos de grandes empresas como Apple, Visa, Meta e Google.

A intenção do governo é usar a proximidade e a influência dessas empresas no mercado americano para alinhar estratégias entre o setor público e o privado, fortalecendo a posição brasileira nas negociações.

BRASIL

EUA mira na 25 de março

O que começou como uma reação às decisões do STF e em apoio ao ex-presidente Bolsonaro se transformou em uma ofensiva comercial em grande escala.

Na ação mais recente, os Estados Unidos anunciaram uma investigação contra o Brasil — e surpreenderam ao focar em um alvo pouco esperado: a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo.

De acordo com autoridades americanas, o maior centro de comércio popular da América Latina seria “um dos principais focos globais de falsificação e pirataria”, operando há décadas sem sofrer sanções relevantes.

A denúncia está presente em um relatório elaborado pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA, que também cita a venda de videogames modificados, eletrônicos falsificados e dispositivos de streaming ilegais.

CEARÁ

Bicicletas elétricas a baixo custo para entregadores de delivery

Entregadores de aplicativos de delivery em Fortaleza poderão contar com um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas de baixo custo. A proposta, que está em fase de estudo pela administração municipal, prevê veículos adaptados especialmente para esse público, com melhorias em ergonomia, autonomia, facilidade de uso e acessibilidade.

“O objetivo das bicicletas elétricas é oferecer uma alternativa mais sustentável às motocicletas, ajudando a reduzir os gastos dos entregadores, cortar emissões de poluentes e diminuir o risco de acidentes graves no trânsito”, afirma a proposta.

A iniciativa está sendo desenvolvida por meio de um Contrato Público de Solução Inovadora (CPSI), um tipo de contrato que permite testar soluções inovadoras em contexto real antes de uma eventual aquisição. O CPSI foi firmado em 2024 e teve sua vigência ampliada em julho deste ano.

O projeto será construído de forma colaborativa com os entregadores, incluindo levantamentos quantitativos e qualitativos, além de sessões de cocriação e troca de ideias. De acordo com a Citinova, a ordem de serviço já foi emitida, e a empresa responsável terá um prazo de seis meses para realizar os testes de campo.

TECNOLOGIA

Robôs ubers?

A nove investida da Uber é adquirir ao menos 20 mil SUVs autônomos da Lucid para compor uma frota global de robotáxis de alto padrão.

A iniciativa reúne três grandes nomes:

• Uber, que ficará responsável pela operação dos veículos em colaboração com frotas terceirizadas como Alto e Avomo;

• Lucid, que assegura um contrato de longo prazo de 6 anos e um aporte financeiro de US$ 300 milhões;

• Nuro, que estreia seu sistema de direção autônoma em automóveis de passeio e também recebe um investimento milionário da Uber.

O propósito é oferecer um serviço de robotáxi premium 100% elétrico, com maior eficiência na recarga e mais comodidade para os usuários. O carro selecionado para a frota é o Lucid Gravity, com alcance de 724 km (450 milhas) e um design inovador. O primeiro modelo autônomo já está em circulação experimental em Las Vegas.

Essa é a primeira aquisição em grande escala de veículos autônomos feita pela Uber. Até então, a empresa havia realizado 1,5 milhão de corridas sem motorista, sempre por meio de colaborações pontuais.

ECONOMIA

Exportações brasileiras para a China têm maior queda em 10 anos

Embora o foco internacional esteja nas tarifas impostas por Trump, é a dinâmica comercial com a China que vem ganhando destaque no Brasil.

As exportações brasileiras para o gigante asiático recuaram 7,5% no primeiro semestre, totalizando US$ 47,7 bilhões — o menor resultado para o período desde 2014.

A queda foi causada, principalmente, por dois fatores:

• A desvalorização das commodities, como soja e petróleo;

• A decisão da China de ampliar sua rede de fornecedores, intensificada após o retorno das tensões comerciais com os Estados Unidos.

Apesar de o Brasil ainda registrar superávit na balança com a China, o resultado está se tornando menos vantajoso. A tendência pode piorar caso o avanço protecionista dos EUA leve Pequim a mudar ainda mais sua estratégia de comércio exterior

EXTRA

Brasil volta ao TOP-20 com mais crianças sem vacina no mundo

Nenhuma dose. O Brasil voltou a integrar a lista dos países com maior número de crianças sem qualquer vacinação, conforme dados divulgados pela OMS e Unicef.

Na América Latina, o Brasil representa 16,8% do total de crianças não vacinadas, ficando atrás apenas do México, que contabilizou aproximadamente 341 mil casos.

Esse retrocesso marca uma quebra na tendência de melhora observada no ano anterior, quando o Brasil havia saído da lista negativa. A volta ao ranking se deve a dois fatores principais: a queda contínua nas taxas de cobertura vacinal e uma alteração na metodologia do Unicef.

No cenário global, o número de crianças sem nenhuma vacina — as chamadas “dose zero” — atingiu 14,3 milhões em 2024. Outras 5,7 milhões receberam apenas parte do esquema vacinal recomendado.

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