Estreito de Ormuz, chat GPT faz mal e vazamento de senhas

MUNDO

Fechamento do Estreito de Ormuz

Neste domingo, o parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, conforme noticiado por veículos locais. Essa via marítima é uma das mais importantes do planeta, por onde circula cerca de 20% do petróleo consumido mundialmente.

Mesmo que a ameaça de fechamento não se concretize, ela por si só já causa instabilidade nos mercados e reacende o debate sobre a busca por outras rotas logísticas e fontes de energia menos dependentes da região. Desde o início das tensões entre Israel e Irã, na última sexta-feira (13), o preço do petróleo disparou. No primeiro dia do confronto, o barril subiu 8%.

Embora o Irã tradicionalmente use a possibilidade de fechamento do estreito como estratégia de pressão diplomática, analistas destacam que uma interrupção real no fluxo causaria impactos imediatos nos preços e na segurança energética global. Mesmo um bloqueio parcial prejudicaria o fornecimento de energia para Europa e Ásia, encarecendo os custos logísticos e obrigando países a reverem suas rotas comerciais.

BRASIL

E a taxa Selic sobe novamente

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central só deve iniciar o ciclo de redução da taxa básica de juros a partir de janeiro do ano que vem. Essa é a previsão da maioria dos analistas de instituições financeiras, segundo pesquisa recente do BC com mais de 100 bancos.

Na última semana, o Banco Central elevou a taxa básica para 15% ao ano — o maior nível das últimas duas décadas e a segunda maior taxa real do mundo. A decisão foi criticada por Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, que classificou o aumento como "incompreensível" e afirmou que o BC colocou os juros em um patamar "estratosférico".

Conforme a projeção dos economistas do mercado, a taxa Selic deverá se manter nesse nível até dezembro. O Banco Central já deixou claro que uma desaceleração do crescimento econômico faz parte da estratégia para controlar a inflação no país.

CEARÁ

Novo voo com brasileiros deportados chega ao Ceará

Um novo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desembarcou no Ceará neste sábado (21), às 12h45. O pouso, previsto originalmente para as 8h, sofreu atraso. Ao todo, 119 pessoas chegaram ao Aeroporto Pinto Martins.

A operação, coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos com o apoio da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará (Sedih), conta agora com uma nova estrutura de recepção, já que a Força Aérea Brasileira (FAB) não estará mais disponível para os traslados.

De acordo com Socorro França, titular da pasta no estado, a partir de agora o acolhimento ocorre em hotel, para que os brasileiros recém-chegados tenham a opção de pernoitar até a viagem para seus estados de destino.

O primeiro atendimento continua sendo feito ainda no aeroporto, com o suporte de diferentes órgãos. Nesse momento, as pessoas decidem se permanecem no aeroporto para embarcar por conta própria — pagando suas passagens — ou se seguem para o hotel, que oferece a hospedagem gratuita.

Além disso, foi estabelecida uma parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que poderá oferecer passagens aéreas ou terrestres para aqueles que não têm condições de arcar com o transporte, como explicou Socorro França.

TECNOLOGIA

Usar chat GPT faz bem ou faz mal?

Usar inteligência artificial pode até tornar o trabalho mais rápido, mas isso tem um preço para o cérebro. Foi o que apontou um estudo do MIT, que mostrou que redigir textos com o ChatGPT diminui o engajamento cerebral e prejudica o pensamento crítico.

Como foi feito: os cientistas dividiram os participantes em três grupos, que produziram textos apenas com o próprio raciocínio, com o apoio do Google ou com o ChatGPT.

Os resultados: os que usaram a IA registraram a menor atividade neural e pior desempenho em testes linguísticos e comportamentais. Além disso, os textos criados com a ferramenta foram avaliados como repetitivos, sem originalidade e “sem alma”.

Ao longo de quatro meses, o estudo analisou 54 pessoas com eletroencefalogramas. A cada novo teste, quem dependia do ChatGPT mostrava mais propensão a apenas copiar e colar, enquanto os que usavam o Google ou apenas o próprio cérebro mantinham níveis mais altos de criatividade e memória ativa.

Os dados chamam a atenção, especialmente em um momento em que o ChatGPT já ultrapassa 400 milhões de usuários semanais ativos e figura entre os cinco sites mais visitados do mundo.

ECONOMIA

Disparada em benefícios piora a crise fiscal

Desde a pandemia de Covid-19, os gastos com os principais programas sociais do país cresceram muito e permanecem em níveis elevados.

Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital, explica que isso ocorre por diferentes fatores. O primeiro é que a informalidade segue muito alta — cerca de 40% da população ocupada não tem emprego formal, o que resulta em rendimentos baixos e instáveis. O segundo motivo é que os critérios para acessar os programas foram flexibilizados, permitindo que famílias com alguma renda continuassem elegíveis para os auxílios.

Na tentativa de controlar essas despesas e conter o impacto sobre as contas públicas, o governo tem focado em um pagamento em especial: o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Mesmo assim, os gastos obrigatórios seguem comprometendo mais de 90% do orçamento federal, e quase 70% dessas obrigações dizem respeito a algum tipo de benefício social. Do total previsto para este ano — R$ 2,415 trilhões —, o BPC representa 5%, ou R$ 121,8 bilhões.

“O impacto disso é enorme e engessa o orçamento, além de reduzir os recursos que poderiam ir para investimentos. O nível atual de investimento público continua muito baixo, e isso é prejudicial. Precisamos de mais sinergia entre os setores público e privado”, afirma Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e professor da FGV.

EXTRA

Está na hora de mudar as suas senhas

Um vazamento gigantesco expôs 16 bilhões de senhas, atingindo usuários de Apple, Google, Facebook, Telegram, GitHub e até serviços públicos.

A falha foi descoberta pela empresa de cibersegurança Cybernews, que acompanha o caso desde o início do ano. Ao todo, foram identificados 30 bancos de dados distintos, alguns com mais de 3,5 bilhões de registros cada.

Os dados foram capturados por infostealers — malwares que roubam informações diretamente dos dispositivos das vítimas — e os arquivos vazados estão organizados por site, nome de usuário e senha, circulando livremente na dark web. Por enquanto, ainda não há como saber exatamente quem foi afetado.

Esse tipo de vazamento deve reforçar o movimento para substituir senhas por métodos mais seguros, como as passkeys, que já são usadas por empresas como Apple, Google e Microsoft.

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