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Minha casa minha vida, IOF suspenso e roubar café

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MUNDO

Aumento do IOF suspensa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender nesta sexta-feira (4) todos os decretos relacionados ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, ele agendou uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional para discutir o assunto.

A reunião está marcada para o dia 15 de julho e ocorrerá no plenário de audiências do STF, em Brasília.

Moraes é o responsável por relatar as ações que tramitam na Corte envolvendo o IOF.

A disputa sobre o aumento desse imposto provocou um atrito político entre os Poderes Executivo e Legislativo. O governo argumenta que a medida busca promover justiça fiscal, aumentando a contribuição dos mais ricos para beneficiar os mais pobres. Já o Congresso afirma que não aceitará novos aumentos de impostos enquanto o governo não começar a cortar despesas.

BRASIL

Setor de construção está perdendo para casas já construídas

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) alcançou um marco inédito em 2024, registrando a maior proporção de financiamentos voltados para imóveis usados desde sua criação.

Foram financiadas cerca de 155 mil unidades, o que representa 27% das operações realizadas com recursos do FGTS — principal fonte de verba do programa.

Essa mudança ampliou as alternativas disponíveis para os compradores, mas gerou preocupação entre as construtoras.

A principal crítica é que o aumento no financiamento de imóveis usados pode enfraquecer o setor da construção civil, que desempenha papel fundamental na economia.

O setor argumenta que a construção de imóveis novos gera empregos, movimenta diversos segmentos da indústria e alimenta o próprio FGTS, que sustenta financeiramente o MCMV.

Atualmente, o programa é o principal impulsionador do mercado imobiliário brasileiro. O programa oferece taxas de juros que variam entre 4% e 8,16% ao ano — bem abaixo da média do mercado, que gira em torno de 12% devido à Selic, hoje fixada em 15%.

CEARÁ

Maior investimento na saúde do Ceará

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (4) que o Governo Federal vai destinar mais de R$ 360 milhões para fortalecer a saúde pública no Ceará. O investimento será voltado principalmente à ampliação de atendimentos ambulatoriais e cirurgias especializadas em unidades do estado.

De acordo com Padilha, o valor será fundamental para custear o funcionamento do sistema de saúde local, incluindo despesas com pessoal, compra de medicamentos, insumos e manutenção de equipamentos.

“O aporte vai cobrir desde a aquisição de equipamentos como tomógrafos, aparelhos de ressonância magnética e radioterapia para centros cirúrgicos, até o custeio direto das atividades. A maior parte, mais de R$ 300 milhões, será transferida diretamente para as Secretarias de Saúde do Estado e de Fortaleza, garantindo o funcionamento dos novos serviços”

Explicou o ministro durante coletiva realizada no Palácio da Abolição, na capital cearense.

TECNOLOGIA

A TV e as redes sociais estão competindo pela sua atenção

A publicidade está abandonando a novela pelas redes sociais. No primeiro trimestre de 2025, a internet quase superou a TV aberta como principal destino dos investimentos em mídia no Brasil.

Entre janeiro e março, as agências brasileiras destinaram R$ 4,7 bilhões à publicidade. A TV aberta ainda manteve a liderança, com 37,1% do total, mas a internet ficou logo atrás, com 36,5%.

Mais do que uma simples mudança de plataforma, trata-se de uma transformação estratégica. Enquanto a televisão tradicional atinge o público de forma ampla, o meio digital permite segmentação, personalização e acompanhamento em tempo real dos resultados.

Esse novo cenário ajuda a explicar por que os aportes em publicidade digital praticamente dobraram nos últimos três anos — saltando de R$ 1,72 bilhão por trimestre. As redes sociais, por sua vez, são responsáveis pela maior parte desse valor, representando 60,5% dos investimentos online.

ECONOMIA

Agora as marcas também querem entreter

Você já refletiu sobre o motivo pelo qual marcas como Barbie e Lego decidiram produzir seus próprios filmes? A razão é clara: estreitar o relacionamento com o público.

Com a concorrência crescente por atenção nas redes sociais, empresas como Starbucks, LVMH e Hennessy adotaram uma nova abordagem — passaram a produzir séries, filmes e documentários com narrativas alinhadas à identidade da marca.

A tendência ganhou força em 2024 e deve se consolidar em 2025. Grupos como WPP e Omnicom estruturaram divisões especializadas em storytelling de marca. E, diante dos cortes de custos nas plataformas de streaming, surgem oportunidades para esse novo modelo de conteúdo.

Os resultados já são visíveis: durante a última temporada de premiações, o Media Impact Value das marcas somou US$ 3,7 bilhões, com destaque para Louis Vuitton, Chanel e Dior.

Produções como House of Gucci e The New Look demonstram que contar boas histórias deixou de ser apenas uma ferramenta de comunicação — tornou-se uma estratégia de posicionamento e negócios.

EXTRA

Agora a moda é roubar café

Com o preço da saca de café arábica atingindo patamares entre R$ 2.000 e R$ 2.500 — o maior nível em anos —, o Brasil enfrenta um novo desafio no setor rural: o aumento dos roubos de café.

Criminosos têm visado tanto propriedades rurais quanto veículos de transporte. Em abril, uma carga avaliada em R$ 1,5 milhão foi roubada durante uma ação com reféns. De acordo com a polícia, a revenda informal é facilitada pela dificuldade de rastreamento e pela liquidez do produto no mercado.

A commodity acumula alta superior a 80% em 12 meses, impulsionada por oferta restrita, demanda aquecida e impactos climáticos. A safra de arábica em 2024 apresentou queda na qualidade, com grãos menores, e os primeiros indícios da colheita atual são igualmente preocupantes.

Apesar dos preços elevados, produtores enfrentam margens reduzidas devido ao aumento dos custos com insumos, dificuldades logísticas e a instabilidade no mercado global.

A recente onda de furtos acrescenta um risco adicional, tornando a valorização do café um fator de insegurança, além de receita.

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