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Queda do dólar, Tiktok na TV e streamings de plano de saúde

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MUNDO

Queda histórica do dólar

Desvalorização marcante. O dólar dos Estados Unidos terminou o primeiro semestre de 2025 em forte queda de 10,7%, registrando seu pior desempenho para esse período desde 1973.

O índice DXY — que acompanha o desempenho do dólar frente a seis moedas importantes, como o euro e o iene — caiu de um pico de 110 para cerca de 97 pontos.

A queda do dólar foi impulsionada por uma combinação de fatores: o aumento de tarifas promovido por Trump, que reacendeu temores de uma guerra comercial; suas críticas ao Federal Reserve;; o risco fiscal do plano de isenção de impostos que pode elevar a dívida americana em US$ 3,2 trilhões em dez anos; e, principalmente, a expectativa de corte de juros pelo Fed, que reduz a atratividade da moeda no mercado global.

Na prática, um dólar enfraquecido torna as viagens para os americanos mais caras e reduz o interesse de investidores estrangeiros — um problema para o governo em um momento em que há necessidade de atrair capital.

Embora ainda seja a principal moeda das reservas cambiais globais e de contratos internacionais**, o dólar começa a perder força na confiança dos investidores, que veem com cautela os rumos da política econômica sob Trump.**

BRASIL

Brasil está perdendo seus milionários

A elite brasileira está deixando o país. Em 2025, o Brasil deve perder cerca de 1.200 milionários — uma alta de 50% em relação a 2024 —, tornando-se o 6º país com maior êxodo de ricos no mundo.

O dado considera apenas indivíduos com mais de US$ 1 milhão em investimentos líquidos, e a estimativa é que essa saída leve consigo cerca de US$ 8,4 bilhões.

Destinos como Emirados Árabes, Estados Unidos e Itália têm se mostrado receptivos a esse público, oferecendo vantagens para atrair seus recursos. Essa movimentação serve como um sinal de alerta, já que milionários costumam ser os primeiros a deixar países marcados por instabilidade fiscal, insegurança ou incerteza política.

Além do capital, vão embora também influência, empregos e investimentos. Em uma visão mais ampla, o Brasil já perdeu 18% da sua população de milionários na última década — uma das maiores retrações no cenário global.

CEARÁ

Como estão os fluxos migratórios do Ceará?

De acordo com o Censo 2022 do IBGE, cerca de 1,5 milhão de cearenses deixaram o estado para viver em outras regiões do Brasil. Em contrapartida, mais de 471 mil pessoas nascidas em outros estados escolheram o Ceará como novo lar.

Os dados, analisados pelo Diário do Nordeste e divulgados nesta sexta-feira (27), revelam os principais movimentos migratórios que moldam a população brasileira. Especificamente, 1.498.667 cearenses residiam fora do estado em 2022, enquanto 471.533 pessoas de outras naturalidades viviam no Ceará.

No contexto nacional, o estudo mostra que aproximadamente 29 milhões de brasileiros moravam em estados diferentes de onde nasceram, o que reforça a importância das migrações interestaduais ao longo do tempo.

O levantamento também destaca que os cearenses figuram entre as três origens mais frequentes de migrantes em pelo menos seis estados brasileiros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

TECNOLOGIA

Tiktok e Instagram agora na sua TV

Vídeos curtos, como reels, danças e reacts, estão prestes a sair do celular e ganhar espaço na TV da sala. TikTok e Instagram querem competir diretamente com o YouTube nas telas grandes, mirando um mercado que movimenta cerca de US$ 108 bilhões.

Para isso, ambas as plataformas estão desenvolvendo aplicativos específicos para Smart TVs, com o objetivo de transformar o tempo de rolagem no celular em horas no sofá. O TikTok já está testando uma versão adaptada para TV há alguns meses, enquanto a Meta prepara uma edição do Instagram voltada ao ambiente doméstico.

Essa movimentação acontece em resposta ao crescimento expressivo do YouTube nas TVs: nos Estados Unidos, o uso da plataforma nesses aparelhos aumentou 53% em dois anos, fazendo dela o serviço de streaming mais assistido nas televisões, superando até Netflix, Disney+ e canais tradicionais.

ECONOMIA

Disparada em benefícios piora a crise fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo enviará ao Congresso, após o recesso parlamentar, uma nova proposta para reduzir benefícios fiscais.

A medida busca diminuir gradualmente a renúncia fiscal, preservando, no entanto, incentivos protegidos pela Constituição, como os concedidos à Zona Franca de Manaus, ao Simples Nacional e à cesta básica. Segundo Haddad, a proposta será baseada em negociações anteriores com lideranças políticas e não exigirá emenda constitucional.

Para alcançar a meta fiscal de 2026 — um superávit de 0,25% do PIB — será necessário cortar R$ 15 bilhões em isenções, manter o decreto do IOF (derrubado pelo Congresso) e aprovar uma medida provisória que prevê arrecadar R$ 20,9 bilhões com medidas como a taxação de apostas e o fim da isenção de certos títulos.

Questionado sobre a possibilidade de rever a meta fiscal, o ministro ressaltou os esforços já feitos em 2024, apesar das dificuldades de aprovação no Legislativo.

EXTRA

Os planos de saúde são os novos streamings?

Seguindo uma tendência semelhante à dos serviços de streaming, que criaram planos mais baratos com menos vantagens, os planos de saúde estudam oferecer versões mais acessíveis, limitadas apenas a consultas e exames — sem incluir internações ou atendimentos de emergência.

A proposta, que ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), busca reaquecer um mercado estagnado em 52 milhões de beneficiários há mais de dez anos. Estima-se que cerca de 60 milhões de brasileiros utilizem serviços privados de saúde fora dos planos regulados, como clínicas populares, movimentando um setor bilionário que já supera o faturamento dos convênios tradicionais.

No entanto, especialistas alertam para o risco de que empresas e famílias migrem de planos completos para os mais baratos, enfraquecendo o modelo atual. A preocupação faz sentido, já que os planos subiram 327% nos últimos 18 anos — quase o dobro da inflação no período —, e hoje representam cerca de 15% da folha de pagamento das empresas, com mais de 70% dos contratos sendo coletivos.

Em 2023, os brasileiros gastaram mais com atendimentos e medicamentos particulares (R$ 302,76 bilhões) do que com os próprios planos de saúde (R$ 275,27 bilhões).

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