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Uma semana com fortes abalos políticos

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MUNDO

Reforma Tributária é aprovada no Senado

O Senado Federal aprovou na última quinta-feira (12) uma versão atualizada do projeto de regulamentação da reforma tributária.

A regulamentação traz isenção total de alimentos essenciais, carnes, peixes, queijos e sal também foram incluídos na sanção.

O texto prevê a simplificação dos impostos, amplificando a lista de produtos isentos que compõem a cesta básica e mantém as armas fora do Imposto Seletivo.

O Imposto Seletivo define uma maior taxação para bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

O principal objetivo da reforma é a Simplificação dos Tributos, consistindo na extinção de cinco tributos (PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS). Esses tributos darão lugar para o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a CBS (Contribuição de bens e serviços) e o IS (Imposto Seletivo).

Essas mudanças resultam na criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que tem alíquota máxima ainda desconhecida e será responsável pela unificação da CBS e do IBS.

“Estou convencido de que as alíquotas provarão que nós teremos uma alíquota-padrão menor do que nós estamos imaginando.”

Eduardo Braga, relator da reforma tributária no Senado.

BRASIL

Entenda como a alta da Taxa Selic pode afetar a sua vida

O Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a nova taxa básica de juros da economia, a Selic, para 12,25% ao ano. O Comitê pisou fundo no acelerador ao aumentar a taxa básica em 1 ponto percentual, o maior aumento no atual ciclo de alta, que foi iniciado no mês de setembro.

Um aumento assim não era visto desde maio de 2022.

A alta da taxa mexe com o crédito de todo mundo: o endividamento das famílias pode aumentar dado que as instituições financeiras se baseiam nela para fornecer suas linhas de crédito, aumentando o risco de inadimplência.

“As famílias já endividadas, que precisam rolar (adiar) a dívida, esse ‘empurrar com a barriga’ fica mais caro. E, às vezes, isso vira uma “espiral”, efeito bola de neve. Se não consegue pagar, empurra para frente, contrata-se juros mais caros e afunda mais a família no endividamento.”

Diz o professor de economia do Ibmec, Gilberto Braga.

É válido lembrar aqui que o Brasil já passa por uma realidade em que a maior parte das famílias brasileiras já estão endividadas e uma parcela substancial já relata dificuldades para quitar passivos em aberto.

O especialista também aponta que o ciclo de alta aumenta o custo de crédito para as empresas, dado que o aumento da Selic é uma forma de frear a perspectiva de inflação futura e, assim, o crédito mais caro pode frear também o investimento do país.

ECONOMIA

Montadoras solicitam incentivos para exportação

Pela primeira vez em uma década, os emplacamentos de carros importados superaram as exportações no setor nacional, o placar foi de 463 mil contra 403 mil.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prepara um pacote de pedidos para incentivos a exportações. O pacote é composto por medidas regulatórias que reduzam o Custo Brasil e apoiem acordos com países que já são destino para exportações brasileiras.

“O Brasil precisa avançar na harmonização regulatória. Acordos bilaterais com os destinos das nossas exportações são essenciais. Precisamos de atenção, porque a indústria brasileira tem perdido espaço nestes mercados”, disse o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite.

Em queda, as exportações brasileiras estão cada vez mais concentradas na vizinha Argentina (39%) – cenário esse considerado preocupante pela indústria.

As exportações chegaram a atingir 766 mil em 2017.

TECNOLOGIA

Austrália obriga empresas de tecnologia a pagar por notícias

A Austrália quer taxar as grandes empresas de tecnologia, como a Meta e o Google, obrigando-as a pagar pelas notícias que são compartilhadas em suas plataformas. Um plano foi apresentado na quinta-feira (12) propondo novos impostos, caso não alcancem acordos com os grupos de imprensa locais.

É importante pensar que empresas de mídias tradicionais no mundo todo lutam para sobreviver à forte queda das receitas de publicidade que são atualmente dominadas pelas empresas de internet.

A Austrália deseja que as empresas compensem os editores locais por compartilharem links de suas notícias que direcionam o tráfego para as plataformas.

"É importante que as plataformas digitais cumpram a sua parte. Precisam apoiar o acesso ao jornalismo de qualidade que informa e fortaleça nossa democracia", disse a ministra das Comunicações, Michelle Rowland.

O plano prevê um imposto para empresas que faturam mais de US$ 160 milhões no país e que não estabelecerem acordos com os produtores de notícias.

É válido lembrar que as leis para informação no mundo da internet estão ficando mais rígidas… No mês passado, o governo australiano aprovou uma lei para proibir o acesso dos menores de 16 anos às redes sociais e também multou as plataformas que não lutam contra o conteúdo ofensivo ou a desinformação. Essa é uma movimentação pensada não apenas pela Austrália, mas sim por muitos outros países, principalmente na Europa e na América do Norte.

AGRO

Quem ganha e quem perde com a alta do dólar?

Com o dólar atingindo níveis históricos e agora permanecendo acima da faixa dos R$ 6,00, diversos setores da economia brasileira são afetados.

Para a maior parte da população, dólar alto é sinônimo de aumento de custo de vida, e como sempre existe quem ganha e quem perde nessa situação.

Os setores que mais ganham com a desvalorização do real são aqueles ligados a exportações, já que o preço baixo da nossa moeda faz com que os produtos ganhem competitividade no mercado global. Por outro lado, as empresas que dependem das matérias-primas importadas e que vendem seus produtos atrelados a custos ligados ao dólar são afetados negativamente.

“Os setores positivamente impactados por um dólar mais forte são agricultura, mineração, papel e a celulosa, uma vez que essas indústrias geram receitas em dólares através das exportações. Por sua vez, setores como o de automóvel e o farmacêutico são afetados negativamente. Isso ocorre porque muitos dos produtos vendidos localmente no Brasil estão atrelados a custos denominados em dólares, o que os torna mais caros”

Explica João Gentina, especialista em investimentos da WIT Invest.

Porém, o ganho verdadeiro dos setores positivamente impactados pelo dólar, os de commodities, depende do quanto eles são dependentes de insumos importados para a produção.

EXTRA

Venture Capital fazendo sucesso na WNBA

O jogador da NBA Giannis Antetokounmpo, estrela do Milwaukee Bucks, está entrando no mundo do venture capital, e um de seus primeiros investimentos é no basquete feminino.

O fundo “Build Your Legacy Ventures”, do jogador, está apoiando a Unrivaled, uma liga profissional de basquete feminino que acontece durante a pré-temporada da WNBA (Women's National Basketball Association).

A liga de basquete feminina vem quebrando recordes de audiência e publicidade nos últimos anos e atraindo muita atenção dos interessados em “venture capital”, que nada mais é do que uma modalidade de investimento de risco em pontos de crescimento rápido.

EXTRA PARTE II. OU SERIA… BREAKING?

Tentativas de Impeachment na Coreia do Sul (Sim, no plural)

No dia 07 de dezembro, o presidente sul coreano Yoon Suk Yeol sobreviveu a um pedido de impeachment no parlamento liderado pela oposição, após a maioria dos parlamentares de seu partido boicotarem a votação.

Enquanto os legisladores debatiam a moção, apresentada pelo partido de oposição, apenas um membro do Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon permaneceu em seu assento, enquanto outros dois retornaram durante a votação, impossibilitando a votação.

Nesta quinta-feira (12), a oposição apresentou um novo pedido de impeachment por conta do decreto de lei marcial na semana passada.

Horas antes da formalização do novo pedido de impeachment, o presidente subiu o tom contra deputados durante um discurso. Yoon sugeriu que as eleições legislativas do país foram hackeadas pela vizinha Coreia do Norte e descartou renunciar ao cargo, prometendo "lutar até o fim".

A Lei Marcial é adotada em situações “excepcionais”, como uma guerra ou em caso de desastres naturais e catástrofes. Ela permite, entre outras coisas, que as autoridades restrinjam a circulação e estabeleçam toques de recolher, confinando as pessoas em suas casas.

O presidente sul coreano tomou essa decisão baseado na sua vontade de “limpar o país” de espiões comunistas norte-coreanos.

RECADO DA LIBERDATA

Agradecemos pela sua visita na nossa newsletter.

Durante as próximas semanas, estaremos entrando no nosso recesso de final de ano, dessa forma retornaremos nossas atividades no dia 08 de janeiro com as melhores notícias!

Felizes festas de final de ano!