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Movimentações econômicas e carnavalescas

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MUNDO

Ifood compra Just Eat para criar campeão de delivery na Europa

A Prosus, grupo holandês de investimentos em tecnologia e proprietário do iFood, fechou um acordo para adquirir a Just Eat por € 4,1 bilhões, o equivalente a 24,6 bilhões de reais. A meta é criar uma gigante europeia no setor de entrega de alimentos.

Esse movimento provoca uma transformação significativa no mercado de delivery europeu e pode ter reflexos globais. Com a aquisição, a Prosus se tornará a quarta maior empresa de entrega de refeições do mundo, ficando atrás apenas de Meituan, DoorDash e Uber, conforme analistas do ING.

Presente em mais de 70 países, a Prosus é dona do iFood, maior plataforma de entrega de alimentos da América Latina, possui 25% da Swiggy na Índia e 4% da Meituan.

Após o anúncio, as ações da Prosus caíram 7% em Amsterdã, enquanto as da Just Eat registraram alta de 54%. Já as ações da Naspers, outra controladora da Prosus, desvalorizaram mais de 6% em Joanesburgo. "Nosso foco é o crescimento e com o crescimento esperamos criar mais empregos em muitas dimensões", disse o brasileiro Fabricio Bloisi, presidente-executivo da Prosus, em uma teleconferência, referindo-se à Just Eat.

BRASIL

Câmara aprova com urgência para modificações no Simples Nacional

A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para o projeto de lei complementar (PLP) que altera o Simples Nacional, permitindo a apuração de créditos tributários sobre receitas de exportação de empresas optantes por esse regime.

O Simples Nacional é um regime tributário voltado para micro e pequenas empresas. No formato atual, a legislação proíbe a geração de créditos tributários para essas empresas.

A proposta faz parte do programa Acredita Exportação lançado em 2024, e prevê criação de regras transitórias até a conclusão da reforma tributária em 2032.

CEARÁ

Por que o ovo está caro?

O preço dos ovos atingiu o seu maior nível da história. Desde a segunda quinzena de janeiro, a proteína sofreu reajustes que já chegam a 40% em várias regiões do país, conforme dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A alta nos preços pode ser explicada por dois fatores principais: a oferta limitada de ovos no mercado interno e o crescimento da demanda por proteínas.

“As empresas começaram a se preparar para a demanda sazonal da Quaresma, mas a oferta restrita e os aumentos contínuos de preços têm gerado preocupações nos supermercados. Além disso, os consumidores estão comprando mais ovos de galinha devido à alta dos preços de outras proteínas, explica Marcio Milan, vice-presidente da Abras.

De acordo com Cláudia Scarpelin, pesquisadora do Cepea, o ano de 2024 apresentou um aumento de 10,5% na produção de ovos entre janeiro e setembro, de acordo com os dados mais recentes do IBGE o que resultou em uma queda prolongada nos preços.

Além disso, as altas temperaturas recentes, que chegaram aos 40 graus no Estado, também impactaram a produção.

“O calor prejudica o sistema produtivo, as aves se alimentam menos, algumas não resistem e morrem, outras produzem menos ovos e os frangos perdem peso”, destacam os pesquisadores.

TECNOLOGIA

Governo brasileiro teme ficar sozinho na regulação das big techs após recuos da UE

O governo brasileiro está preocupado com o recuo da União Europeia (UE) na regulação das grandes empresas de tecnologia. Autoridades do Brasil temem que o país não consiga contar com o apoio de outras nações em projetos destinados a regulamentar plataformas on-line e redes sociais.

O Brasil esperava formar uma aliança internacional – composta pela UE, Austrália, Reino Unido e Canadá – para estabelecer regras claras para empresas como Meta, X (antigo Twitter), Apple, Google, Microsoft e outras.

Embora a UE tenha aprovado multas bilionárias contra essas empresas e a Lei dos Mercados Digitais (DMA), o bloco parece estar recuando. A União Europeia suspendeu um termo de responsabilidade sobre inteligência artificial e publicou um documento pouco contundente sobre sua colaboração com o Brasil. A organização tem sido alvo de críticas tanto de gigantes da tecnologia quanto de membros do governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

“O governo Trump está preocupado com relatos de que alguns governos estrangeiros estão considerando endurecer as regras para as empresas de tecnologia dos EUA. Os Estados Unidos não podem e não vão aceitar isso”

Afirmou JD Vance, vice-presidente dos Estados Unidos.

ECONOMIA

FGV Ibre projeta PIB mais fraco e puxado por agro em 2025

Após um 2024 rodando acima de suas capacidades, a atividade no Brasil tem previsão de desaceleramento em 2025.

Em termos de composição, o PIB deve ter um resultado similar ao ano de 2023, quando o setor de agricultura liderou o crescimento.

A nova edição do Boletim Macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) traz a estimativa de 3,5% para o crescimento do PIB em 2024. Para 2025, a estimativa de desaceleração é de 1,8%.

“O fim do ano, sobretudo dezembro, surpreendeu para baixo. Esperávamos alta de 0,6% a 0,7% do PIB no quarto trimestre, na comparação trimestral, mas deve ficar mais baixo, perto de 0,5%”, diz a coordenadora do boletim, Silvia Matos.

Para 2025, a expectativa é que a expansão da demanda doméstica baixe para 1,6%. Nesse sentido, os setores que irão liderar o ano serão a agricultura e a indústria extrativa.

EXTRA

Preparações para o Carnaval 2025

O Carnaval de 2025 promete agitar o Brasil, com mais de 53 milhões de foliões se preparando para festejar nos blocos espalhados de Norte a Sul, um aumento de 8% em relação ao ano passado, de acordo com o Ministério do Turismo.

“Estamos otimistas com os números deste ano. O Carnaval é uma festa que movimenta o turismo, aquece a economia e gera emprego e renda para muitas famílias, desde vendedores ambulantes até o setor hoteleiro”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

A expectativa financeira para 2025 é de um faturamento de R$ 12,03 bilhões, o maior desde 2015. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um crescimento de 2,1% em comparação ao ano anterior.

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